Emblemática a data de hoje, dia 19 de fevereiro, dia do Esporte, caindo exatamente no domigo de carnaval, ápice da festa momesca. Aqui na Bahia então, dia de muita festa e folia.
Absolutamente nada contra as festas populares apesar de ser um crítico do modelo atual do carnaval baiano, que promove um verdadeiro apartheid social, onde os ricos se isolam em blocos de corda e camarotes VIP´s, as festas fazem parte de nossa cultura e do nosso DNA, porém o problema é o exagero, a dose, aqui na Bahia é o caso típico do exagerado culto ao prazer em detrimento de outras atividades que exigem disciplina, respeito ao próximo, obediência às regras, competitividade sadia, valores essenciais exigidos e transmitidos pela prática ESPORTIVA.
Aqui na terrinha, não se valoriza o esporte, os jovens estão ligados nas festas e nas baladas, de uma forma tão intensa que ningém faz esporte de rendimento, dificilmente uma família tem um membro que pratica regularmente algum esporte, quando muito, para alivío da consciência dos pais, pratica-se uma atividade física semanal, porém sempre de uma forma secundária, acessória, quem tem um filho praticando algum esporte de rendimento na Bahia? Competindo, treinando, viajando para representar seu clube ou seu Estado, poucas são as famílias locais que desfrutam deste privilégio.
Compactuo da tese de que a atividade esportiva mede a força de um povo e, sendo assim, neste quesito estamos de mal a pior, sem infraestrutura, sem política pública, sem praticantes, um faz-de-conta absurdo, que se desmascara facilmente quando analisamos os resultados pífios da Bahia em qualquer esporte que exija infraestrutura, cadê o atletismo, a natação, o tênis, o volei, o basquete, o automobilismo, não temos local para a prática segura de esportes, possuimos poucos praticantes, quase desestimulados e sem condições de competir com centros mais avançados. Passam os anos e este cenário desolador não se modifica, aliás, se agrava, Federações comandadas por fracos, arcaícos, ultrapassados e eternos dirigentes colaboram sobremaneira para este estágio de letargia esportiva.
Orgão públicos estaduais e municipais sem verba e sem projetos, fazem de conta que atuam, quando muito construindo uma quadra poliesportiva aqui, outra ali, sem planejamento, sem foco, sem indicadores, neste domingo os principais dirigentes Esportivos da Bahia devem estar balanaçando a bunda em algum camarote, com a cabeça tonta de cerveja e barriga entupida de coxinha, sequer devem se lembrar que hoje se comemora o dia do ESPORTE, triste Bahia Esportiva.
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